É com uma intensa satisfação que este governo leva em consideração os interesses do Bloco de Esquerda (BE), uma vez que é este o único partido com representação na assembleia que tem maoistas nas suas hostes. Pelo menos assim pensava eu.
Mas, porque é que hoje eu resolvi dizer que o governo é maoista? Foi porque o governo está a fechar os centros de novas oportunidades, e para quem não sabe, Mao Tsé Tung defendia que a revolução se fazia pela educação, mas, quem já era mais velho era um caso perdido, como tal, só se educava os jovens.
Aliás, um observador atento verificará que o Estado tem uma estreita relação de negócios com os maoistas, uma vez que lhes vende a EDP, a atual Chinese MegaStore do Marquês de Pombal em Lisboa. E quer abrir a possibilidade de investimento dos chineses no BCP, digam lá se não é amizade.
De facto, acho que o facto de se negociar com os chineses, não faz do governo maoista. Mas, o facto de se comportarem como maoistas já os transforma, pelo menos, em simpatizantes desta ideologia.
Ainda assim, pergunta o leitor, para além do que está referido no segundo parágrafo do texto, que mais foi feito pelo governo para se confundir com o maoismo? O governo, à semelhança do regime de Mao, comporta-se como um regime absolutista. Como?, pergunta o leitor.
Fazendo o que faz, como tem maioria absoluta, dita aos portugueses aquilo que devem fazer para ultrapassar a crise, sublinhando sempre a coragem do povo português.
O que fazia o Mao? Dizia aos chineses para trabalharem porque as decisões dele estavam sempre corretas, sublinhando sempre que tinham de o fazer porque senão voltavam a viver mal sob o jugo do imperador. Não vos lembra ninguém? A mim, lembra-me o ministro Victor Gaspar a dizer que são necessários mais sacrifícios, que têm de ser postos em prática pelo povo português, senão, voltamos para o regime dos grandes gastos de José Sócrates.
Na minha opinião sincera, a coligação no governo está mal feita. Deviam substituir o CDS-PP pelo BE, funcionava melhor em termos de ideais. Porque um partido de direita a aumentar impostos, quando os devia diminuir para as pessoas gastarem esse dinheiro no setor privado. Está mal.