Aqui estou eu, na minha santa ignorância a escrever outro texto sobre a crise. Acho que este tema já me deveria ter passado, uma vez que a crise já tem cerca de cento e vinte anos.
Tenho a dizer que fui, com todo o prazer, à manifestação de dia onze no Terreiro do Paço e, constatei que não estava lá muita gente. Vi apenas lideres a tentarem-se iludir acerca do tamanho da manifestação. Mas, o novo lider da CGTP disse algo muito interessante, que devia passar na televisão, mas não acontece. Ele disse que quem emprestou dinheiro a Portugal era agiota, e realmente tem razão. Para além do elevadíssimo valor de taxas de juros, sendo Portugal um país pertencente ao FMI é para mim incompreensível que, se pagamos as cotas não nos dêem o nosso próprio dinheiro para nos salvarmos. Enquanto temos de dar, somos membros, mas quando temos de receber, somos incumpridores que só têm de ser explorados com o dinheiro que nós próprios pagámos. É um pouco como se eu depositasse o meu dinheiro num banco e depois, para o levantar, tinha de pagar ainda mais ao banco.
Para Portugal, aquele parágrafo é correto, e nós é que estamos mal.